Ontem (15/10/2016) estava com insônia (pra variar) e ao ficar zapeando me deparei com uma reportagem sobre o ensino nos Estados Unidos.
Fiquei bem interessado no assunto e estavam fazendo a reportagem com três professores de escolas distintas.
Um deles, queria instigar o interesse da leitura aos seus pequenos alunos (de 6 a 8 anos) e conversou com cada um deles anotando tudo e chamou a atenção uma menina de 8 anos que queria ser Cheff de cozinha e que gostava muito da comida chinesa.
Então o professor foi até uma livraria e comprou livros para todos os alunos de acordo com o interesse de cada um e os levou na sala de aula chamando pelos nomes e entregando cada um deles o qual foi uma euforia e falou:
- Se desejarem podem começar a ler agora mesmo!
O segundo professor queria que os alunos (adolescentes) se interessassem pela economia atual, pela realidade que as famílias vivem e pediu para que formassem duplas e fossem entrevistar pessoas nas ruas e deveria ser no mínimo cinco entrevistas e perguntariam sobre temas relacionados a aula.
Retornaram entusiasmados e com vontade de compartilhar com todos o que descobriram.
O professor? Só ficou coordenando as equipes que falavam.
E a terceira professora separou os alunos (na faixa de 12 a 14) em equipes onde as mesas eram redondas como de salas de reunião e mesclou alunos fortes com alunos fracos naquela matéria.
Nesta turma todos tinham notebooks e se via que era uma escola de nível um pouco mais alto.
Da mesma forma, a professora tirava dúvidas dos alunos e mostrava se estavam ou não no caminho correto da discussão.
Nas três escolas com realidades diferentes, todos os professores davam aulas de forma diferente, mas com um resultado em comum: Despertar o interesse dos alunos, e fazer com que pensassem por eles mesmo, dando suas opiniões e enriquecendo seu conhecimento.
Daí eu entendi o que está errado na educação de nosso país.
Não é o currículo, as disciplinas, mas sim a forma de dar aula.
Num outro vídeo que está circulando pelas redes sociais se vê um tribunal onde um advogado defende a educação e compara os seguintes bens:
Telefone Antigo e Atual:
Carro antigo e Atual:
E as Salas de Aula Antigas e Atuais:
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Tecnologia evoluiu telefones, celulares, carros, micro-ondas e tantos outros bens de consumo, mas a Educação parece que parou no tempo.
Mas o que está errado não é a formatação das turmas, mas a forma como se dá aula que é tão antiga que pode-se dizer que “não houve mudanças”.
Alguns podem dizer: “- Ah, mas hoje os alunos usam celulares e tablets na sala e antes não existia”
Continuo dizendo que a forma de dar aula não mudou, que é basicamente assim:
- Professor na frente passando conteúdo e
- Aluno sentado anotando e copiando matéria no quadro
Hoje as crianças e adolescentes tem sede de conhecimento porque a questão da tecnologia já nasceram usando e não terão dificuldades quanto a isto.
Se o governo mudar a formação dos Professores, dando treinamento diferenciado, mostrando formas inovadoras de dar aula com certeza irão atingir os seus alunos que irão responder aos resultados.
Ai faço a pergunta: O governo têm realmente esse interesse?
P.S.: Sei que tem alguns professores que são apaixonados pela profissão e já dão aulas que são verdadeiros shows e os alunos adoram e se comprometem com o propósito. A estes profissionais os meus sinceros parabéns! Vocês fazem a diferença para estes alunos.